Malhar no parque ou na academia?
A
academia não é a única alternativa para fugir do sedentarismo. Com os
cuidados certos, é possível praticar exercícios físicos também em
parques da sua cidade. Para te ajudar a escolher o lugar que mais se
encaixa aos seus gostos e à sua rotina, pedimos a especialistas que
apontassem vantagens, desvantagens e cuidados de cada opção.
Avaliação prévia
O primeiro passo se você está há muito tempo sem malhar ou sem
acompanhamento é marcar uma avaliação médica, com um clínico geral ou
com um especialista indicado por ele. “O profissional vai dizer se você
está apta ou não para a modalidade desejada e se existe alguma
contraindicação”, comenta Fabrício Limeira, ortopedista especializado em
Medicina do Esporte. Essa precaução é exigida pelas academias, que
também oferecem esse serviço por meio de treinador interno.
Iniciar uma rotina sem passar por essa etapa não é recomendado.
“Existem estudos mostrando casos de mal súbito, por exemplo, durante as
atividades, principalmente em ‘atletas de fim de semana’”, explica
Marcelo Sousa, educador físico e personal trainer.
Além dessa liberação inicial, usar roupas confortáveis e equipamentos
adequados, fazer aquecimento e alongamentos e não descuidar da
hidratação são atitudes importantes que devem ser tomadas tanto na
rotina esportiva por conta própria como nos treinos a quatro paredes.
No parque
“Estar ao ar livre rompe com a monotonia dos ambientes fechados”,
diferencia Fabrício. Para aproveitar ao máximo esse prazer, tenha
moderação, caso você não conte com uma orientação especializada.
Os períodos mais recomendados são antes das 10 horas e depois das 16
horas. Já quem prefere a noite, deve prestar atenção à iluminação local e
aos possíveis desníveis no terreno. Vale lembrar que é nesse momento
que o problema da poluição se agrava, pois, devido ao acúmulo durante
todo o dia e aos congestionamentos de fim da tarde, existe maior
concentração de gases poluentes.
O vento e a chuva podem atrapalhar, assim como as variações bruscas do
clima e da umidade do ar. Se estiver fazendo muito calor, há o risco de
desidratação e hipertermia. “Para evitar esses problemas, é importante
usar protetor solar, boné, óculos escuros e roupas claras”, indica
Fabrício.
Assim
que escolher um parque e um horário, chega o momento de se preparar
para a prática em si. Dedique-se aos alongamentos (mesmo que doam nas
primeiras vezes) e invista nas modalidades aeróbicas de intensidade
leve, nos exercícios respiratórios e de relaxamento e nos treinamentos
de resistência para manutenção do condicionamento muscular: “Podem ser
simples movimentos naturais realizados sem carga e sem equipamentos
específicos, como agachamento, flexão e extensão do tornozelo”,
exemplifica.
Pedalar é uma ótima opção! Quem prefere caminhada ou corrida ao ar
livre, em vez de ficar restrito à esteira, vai ter mais trabalho para
entender os sinais do corpo e lidar com diversos fatores, como as
irregularidades do piso, as mudanças de clima, subidas e descidas, entre
outros aspectos.
Fuja da sobrecarga de pesos (caneleiras com saches de areia, por
exemplo), das atividades aeróbicas moderadas ou fortes (como pedaladas
de longa distância e caminhadas a ritmo mais acelerado) e dos treinos
que variam entre picos de esforço e pausas.
Se for usar os aparelhos de condicionamento, cada vez mais comuns em
áreas públicas, fique atenta. Marcelo adverte que utilizá-los de maneira
inadequada pode provocar fadiga em excesso ou lesões. Por isso, leia
atentamente as instruções e siga-as corretamente.
Na academia
O agito, os diferentes tipos de aulas (musculação, spinning e natação,
por exemplo) e de aparelhos e a proteção da chuva, do calor e do frio
são alguns dos diferenciais. Outros benefícios: a presença de espelhos,
que ajudam na manutenção da postura corporal correta, e a infraestrutura
(banheiros, vestiários, estacionamento etc.).
Além disso, você tem a ajuda de profissionais para atividades que
necessitem de instruções, como lutas, musculação, natação, pilates e
ioga. “O educador físico controla a intensidade dos exercícios, corrige
movimentos e está sempre à disposição para tirar dúvidas”, conta
Marcelo.
O preparo da pessoa que vai te orientar é essencial, por isso, verifique se o professor é graduado por meio do site do Conselho Regional de Educação Física.
Caso sinta qualquer desconforto durante a atividade ou que o
profissional não respeita seus limites, converse com o responsável pelo
local sobre a possibilidade de trocar de instrutor ou de ajustar o
treino.
Observe se os equipamentos são adaptáveis e se a execução do movimento é
feita de maneira confortável. Veja se o estofado, as barras, os cabos e
as molas estão em boas condições.
É fundamental ter uma equipe de socorristas no local à disposição para
atender emergências com itens de primeiros socorros (como desfibrilador,
gaze e medicamentos). Confira se o vestiário é limpo e com chuveiros,
lavatórios e vasos sanitários em perfeito estado e se existem armários
disponíveis para todos os alunos.
Depois dessas dicas, você não tem mais desculpas para ficar no
sedentarismo! Seja ao ar livre ou na academia, o importante é cuidar da
alimentação e se movimentar!
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