Violências nas Escolas
As percepções de
alunos, pais e membros do corpo técnico-pedagógico de escolas públicas e
privadas em 14 capitais brasileiras estão reunidas no livro "Violências
nas escolas", o maior e mais completo estudo já feito sobre o assunto
na América Latina.
A pesquisa foi desenvolvida nas áreas urbanas das
capitais dos Estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo,
Goiás, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de
Janeiro, Santa Catarina e São Paulo e em Brasília (DF).
Para a realização da pesquisa, adotou-se uma
concepção abrangente de violência - daí o uso do termo no plural,
violências - , incorporando não apenas a idéia de maus-tratos, uso de
força ou intimidação, mas também as dimensões sócio-culturais e
simbólicas do fenômeno.
Desse modo, no livro trata-se tanto da violência
física, quanto da violência simbólica e da institucional. Por isso, há
que se enfatizar que a violência na escola não pode ser vista como uma
modalidade de violência juvenil.
O livro apresenta uma visão abrangente da literatura
a respeito do tema, bem como analisa as percepções dos atores sociais
que convivem nas escolas sobre:
- As violências no ambiente interno e no entorno da escola (policiamento, gangue e tráfico de drogas, ambiente escolar, etc. );
- O funcionamento e as relações sociais na escola (percepções sobre a escola, transgressões e punições, etc.) e;
- As violências nas escolas: tipos de ocorrências (ameaças, brigas, violência sexual, uso de armas, furtos e roubos, outras violências etc.), praticantes e vítimas.
Chama a
atenção que existe uma tendência à naturalização da percepção das
violências nas escolas. Por exemplo, as brigas, os furtos e as agressões
verbais são consideradas acontecimentos corriqueiros, sugerindo a
banalização da violência e sua legitimização, como mecanismo de solução
de conflitos.
O "Violências nas escolas" apresenta propostas de
combate e prevenção baseadas nos dados coletados, além de fazer uma
série de recomendações nas esferas do lazer (como a abertura das escolas
nos finais de semana), da interação entre escola, família e
comunidades, cuidar do estado físico e da limpeza dos estabelecimentos e
valorizar os jovens, respeitando sua autonomia, entre outras.
Esta obra impressa se encontra esgotada na
Representação da UNESCO no Brasil. Como a mesma foi largamente
distribuída em variadas localidades brasileiras, para universidades
federais, bibliotecas públicas e universitárias e várias entidades
governamentais federais, estaduais e municipais, sugerimos que se dirija
a alguma destas instituições para poder ter acesso a esta publicação.
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